E.. depois de muito tempo, choveu na minha cidade, que chega a ter índice de umidade igual ao de deserto. Minha cidade é, digamos, grande. Afinal de contas ela é uma capital. Capital com cara de interior. Ou seja, todos, ou grande parte, mas grande parte meesmo, dirige nas ruas, avenidas, travessas, etc.. como se estivessem na trilha de sua fazenda.
Dar a seta pra virar é como título mundial do corinthians, só existe em teoria. Param em cima da faixa de pedestre ou não param, ameaçam passar por cima da pobre senhora com suas mega camionetes, gigantes e imponentes. (Freud explica essa mania de grandeza.)
Então, ontem choveu, e a fazenda se transforma em um formigueiro. É incrível!! As pessoas ficam loucas, começam a ultrapassar pela direita, isso a 20km por hora, acho que por medo de aquaplanagem ou sabe se lá, trovão, raio. Aqui é a capital onde mais cai raio. (Alguém poderia avisar a eles que os pneus do carro são isolantes).
E não param nas esquinas somente no meio da rua, em fila dupla, pisca alerta ligado, porque afinal de contas, filho de fazendeiro não pode tomar chuva ao sair da escola, então, ou eles param em fila dupla ou eles param na calçada mesmo.
Velhos, jovens, homens, mulheres, não importa. Algo acontece nas ligações nervosas do cérebro quando chove. É um prato cheio pra algum sociólogo interessado.
Aviso: quando vier a minha cidade e resolver dar um passeio de carro, olhe a previsão do tempo antes para não ser surpreendido, respire fundo e não diga que eu não avisei.